30 janeiro, 2009

Nem só de pão vive o homem!



ORAÇÃO E HUMILDADE

Meu Deus, sei que ainda sou um ser em evolução e que muitas vezes fujo dos objetivos que o Senhor traçou para que eu alcance a minha felicidade. Sei também que nem sempre consigo fazer o bem que desejo, e muitas são as vezes que faço o mal que já não gostaria de fazer. Por isso venho a ti, Senhor, para rogar forças, coragem e lucidez para acertar mais vezes do que me equivocar, e quando me equivocar, que seja por fraqueza ou ignorância, mas nunca por deliberação. Venho a ti para pedir que não permita, em tempo algum, que eu perca a vontade de viver, apesar dos momentos de dor e de sofrimento, que por certo terei que passar.

Pedir ajuda para cultivar o otimismo, mesmo que o futuro não seja tão promissor. Para que me ensine a desenvolver o romantismo, ainda que em meu peito o coração pareça ter emudecido. Senhor, ajuda-me a não perder a fé na amizade, mesmo que às vezes os amigos me traiam ou me abandonem nos momentos em que mais precisar deles. Ajuda-me a cultivar o hábito e a alegria de ajudar as pessoas, ainda que muitas delas sejam ingratas e incapazes de retribuir. Ensina-me a manter o equilíbrio até nos momentos de grandes abalos, em que tudo conspire para que eu perca o rumo. Senhor, ajuda-me a amar sem esperar retribuição nem reconhecimento dos seres amados. A observar a vida com brilho no olhar, até nos momentos em que a escuridão turbar os meus olhos. A enfrentar os desafios da vida com garra e disposição, mesmo sabendo que as derrotas são inevitáveis no meu caminho. Permita-me usar sempre a razão e o bom senso, ainda que o apelo dos vícios seja forte, insistente e constante na minha intimidade.

Sobretudo, Senhor, ajuda-me a elevar o sentimento de justiça acima dos meus próprios interesses. Permita-me conservar o amor pela família, mesmo que ela me exija imensos esforços e árduas renúncias em prol da sua harmonia. Ensina-me a ver sempre o lado bom e belo das coisas, apesar das lágrimas que brotarem amargas do fundo da minha alma. Senhor, que eu jamais perca a vontade de herdar as estrelas, mesmo habitando um planeta pequeno e de categoria inferior. E, acima de tudo... Que eu jamais esqueça que o Senhor é a inteligência suprema do universo e que me ama infinitamente... Que provê minhas necessidades, ampara-me sempre e só quer o meu aperfeiçoamento. Que eu possa entender as pessoas que são mais frágeis do que eu...A não julgar o meu semelhante... A educar meus sentimentos e a desenvolver minha inteligência... E, por fim, que eu nunca esqueça que sou um espírito imortal... E que minha felicidade é uma conquista minha...

29 janeiro, 2009

Spiritum est Animi, Ut Cogites


Etimologia
A palavra espírito tem sua raiz etimológica do Latim "spiritus",
significando "respiração" ou "sopro",
mas também pode estar se referindo a "alma",
"coragem", "vigor" e finalmente,
fazer referência a sua raiz no idioma
PIE *(s)peis- (“soprar”).
Na Vulgata, a palavra em Latim é traduzida a partir do grego
"pneuma" (πνευμα), em Hebreu (ruah),
e está em oposição ao termo anima, traduzido por "psykhē".
A distinção entre a alma e o espírito somente
ocorreu com a atual terminologia judaico-cristã
(ex. Grego. "psykhe" vs. "pneuma",
Latim "anima" vs. "spiritus", Hebreu "ruach" vs.
"neshama", "nephesh" ou ainda
"neshama" da raíz "NSHM", respiração.)
A palavra espírito costuma ser usada em
dois contextos, um metafísico e outro metafórico.

Filosofia
Espírito é definido pelo conjunto total das faculdades intelectuais.
Ele é freqüentemente considerado como um princípio
ou essência da vida incorpórea (religião e tradição espiritualista da filosofia),
mas pode também concebida como
um princípio material
(conjunto de leis da física que geram nosso sistema nervoso).
Na Antiguidade, o sopro e o que ele portava
(o som, a voz, a palavra, o nome)
continha a vida, seja em protótipo,
em essência ou em potência (mítica).
No tronco judaico-cristão das religiões diz-se que
Deus soprou o barro para gerar o (ser no) homem.
Dar um nome aos seres vivos ou não, emitir o som do nome
(i.e, chamar por um nome, imitar as vozes animais,
mimitizá-los, fazer do nome onomatopéia,
apresentar-lhes na língua,
dar-lhes uma palavra que lhes chame etc),
fazer soar pela emissão do sopro vocal,
significava possuir
(ter o que é deles, a carne, a voz, ser-lhes o proprietário).
Assim, diz-se também que ao dar nomes aos animais,
o Homem ancestral, tomou deles a posse, tomou deles algo,
deu-lhes a representação, o espírito. Nos contos míticos,
emitir um som significa chamar pelo ser que atente a tal som.
Assim, o gênio da lâmpada de Aladin
(o das Mil e Uma Noites)
aparecia quando Aladim esfregava a lampada maravilhosa,
assim emitindo um ruído ou som que era exatamente
o nome do gênio encarcerado.
Em política, diz-se do espírito das leis,
expresso na constituição.
O termo espírito das leis vem de Montesquieu,
que escreveu um livro sobre com este título,
no qual ele descreve o sistema
tripartite de repartição dos estados.

Corpo e espírito
Em diferentes culturas,
o espírito vivifica o ser no mundo.
O espírito também permitiria ao ser perceber
o elo entre o corpo e a alma.
Entretanto, muitas vezes espírito é identificado
com alma e vice-versa, sendo utilizados de
forma equivalente para expressar a mesma coisa.
Segundo a teoria dualista de Descartes,
o corpo e o espírito são duas substâncias imiscíveis,
cada qual com uma natureza diferente:
o espírito pertenceria ao mundo da racionalidade
(res cogitans), enquanto o corpo às coisas do
mundo com extensão (res extensa),
ao mundo das coisas mensuráveis.
Descartes acreditava que a função da glândula pineal
seria unir a alma/espírito ao corpo.
Sua visão do ser humano era mecanicista.
O corpo era tratado como uma máquina de grande complexidade.
Pensava em partes separadas, no que ligaria o
que com o que, qual seria a função
de cada parte, em suas relações etc.
Para algumas tradições religiosas, a morte
separa o espírito do corpo físico, e a partir daí,
o espírito passa a ser somente da esfera espiritual.
Para estas, a morte parece não
encerrar a existência
de cada ser particular.



28 janeiro, 2009

Mar e Lua


Amaram o amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar

E foram ficando marcadas
Ouvindo risadas, sentindo arrepio
Olhando pro rio tão cheio de lua
E que continua
Correndo pro mar
E foram correnteza abaixo
Rolando no leito
Engolindo água
Rolando com as algas
Arrastando folhas
Carregando flores
E a se desmanchar
E foram virando peixes
Virando conchas
Virando seixos
Virando areia
Prateada areia
Com lua cheia
E à beira-mar










27 janeiro, 2009

Meus Caros e Verdadeiros Amigos.

Espero que hoje estejamos no melhor caminho,
com os Amigos que encontrei nessa estrada.
Não posso imaginar um melhor modo de seguir
a longa e cansativa jornada que temos pela frente.
Com esses Amigos veremos um mundo novo.
As pessoas devem saber ,
que você tem o que precisa quando tem Amigos.
Com um AMIGO à mão,
você verá a luz.
Se existirem Amigos lá,
então tudo estará bem.
Parece que é esse o objetivo que devemos alcançar.
Este mundo não será assustador ,
se vocês Amigos,estiverem por perto.
Nós podemos com Amizade mudar o rumo das coisas.
Todos juntos caminhando numa só direção.
Não há como nossas esperanças escaparem.
E unidos vamos saborear a vitória de ser.


26 janeiro, 2009

Dos Colores: Blanco Y Negro


Nuestra primera intención,
Era hacerlo en colores:
Una acuarela que hablara
De nuestros amores.

Un colibri polícromo
Parado en el viento,
Una canción arcoiris
Durando en el tiempo.

El director de la banda
Silbando bajito
Pensaba azules y rojos
Para el valsecito.

Pero ustedes saben, señores,
Muy bien cómo es esto;
No nos falló la intención,
Pero sí el presupuesto...

En blanco y negro
Esta canción
Quedó en blanco y negro
Con el corazón,
En blanco y negro,
Nieve y carbón,
En blanco y negro,
En technicolor,
Pero en blanco y negro...


Fuimos quitando primero
De nuestra paleta
Una mirada turquesa
De marco violeta.

Luego el carmín de las flores
Encima del piano,
Una caída de sol
Cuando empieza el verano.

Todos los tipos de verde
De una enredadera...
Ya ni quedaban colores
Para las banderas.

Nuestrar intención ya no fué
Más que un viejo recuerdo
Y esta canción al final
Se quedó en blanco y negro.

En blanco y negro
Esta canción
Quedó en blanco y negro
Con el corazón,
En blanco y negro,
Nieve y carbón,
En blanco y negro,
En technicolor,
Pero en blanco y negro...




Dos Colores: Blanco Y Negro
Paulinho Moska
Composição: Jorge Drexler

Por mais um final de semana repleto de música
e pelo teu talento em esboçar de cor os meus dias.
Um grande e poetico beijo a minha...
Aurora de Mil Cores


25 janeiro, 2009

A Vida é Sonho


É certo; então reprimamos
esta fera condição,
esta fúria, esta ambição,
pois pode ser que sonhemos;
e o faremos, pois estamos
em mundo tão singular
que o viver é só sonhar
e a vida ao fim nos imponha
que o homem que vive, sonha
o que é, até despertar.

Sonha o rei que é rei, e segue
com esse engano mandando,
resolvendo e governando.
E os aplausos que recebe,
vazios, no vento escreve;
e em cinzas a sua sorte
a morte talha de um corte.
E há quem queira reinar
vendo que há de despertar
no negro sonho da morte?


Sonha o rico sua riqueza
que trabalhos lhe oferece;
sonha o pobre que padece
sua miséria e pobreza;
sonha o que o triunfo preza,
sonha o que luta e pretende,
sonha o que agrava e ofende
e no mundo, em conclusão,
todos sonham o que são,
no entanto ninguém entende.

Eu sonho que estou aqui
de correntes carregado
e sonhei que em outro estado
mais lisonjeiro me vi.
Que é a vida? Um frenesi.
Que é a vida? Uma ilusão,
uma sombra, uma ficção;
o maior bem é tristonho,
porque toda a vida é sonho
e os sonhos, sonhos são.

Pedro Calderón de La Barca (1600-1681)
Tradução de Renata Pallotini
Editora Scritta, Rio de Janeiro, 1992





22 janeiro, 2009

Um pai...Um filho!

Historia de uma música

As vezes perdemos tempo na vida com brigas,
com intrigas bobas ,
com falta de diálogo.
que chegamos até mesmo esquecer
aquilo que realmente importa.
Deixamos de beijar, de abraçar ,
de dizer algo para quem amamos.
Que nem nos damos conta que
outra oportunidade pode não vir.
Não devemos deixar isso para
amanhã porque talves
o amanhã nunca chegue.



Vejamos agora uma música de Cartola
que compôs quando soube
que sua filha era prostituta.

A MUNDO É UM MOINHO.

Ainda é cedo, amor ,
mal começaste a conhecer a vida
já anuncias a hora da partida,
sem saber mesmo o rumo que irás tomar.
Presta atenção, querida,
embora eu saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco a tua vida
em pouco tempo não serás mais o que és.
Ouça-me bem, amor, presta atenção,
o mundo é um moinho vai triturar teus sonhos
tão mesquinhos vai reduzir as ilusões a pó.
Presta atenção, querida,
de cada amor tu herdarás só o cinismo
quando notares estás à beira do abismo
abismo que cavaste com os teus pés.



Eu fico imaginando a dor que Cartola sentia quando escrevia cada palavra dessa música.



Aproveite cada momento da sua vida ao máximo...

...passe o maior tempo possível com as pessoas que você ama...

...torne estes momentos inesquecíveis.



A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou,
mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego ...

...de tanto rir ...
...de surpresa ..
...de êxtase ...
...de felicidade!








21 janeiro, 2009

Sabedoria Secreta Lakota

Não é nescessário aprender
ou buscar a sabedoria xamânica,
basta senti-la...
ELES CONTINUAM AQUI !!!!
























AVE VERUM CORPUS NATUM





Ave verum corpus natum de Maria Virgine

Vere passum, immolatum in cruce pro homine

Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine

Esto nobis praegustatum mortis in examine

O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae.







20 janeiro, 2009

Palcos e Cenas


Escurecem-se as luzes ,

num silêncio previsto,

ecoam anônimas vibrações de aplausos inúteis e inglórios.


Cai o pano da verdade ,

a alma fica a descoberto revelando a pura nudez da minha essência,


lentamente as emoções e os sentimentos verdadeiros,

são resgatados da mentira obscura.

Recolho-me no exíguo camarim do meu âmago,

caracterizo-me ,

revejo-me no espelho do tempo e deixo de ser aquilo que quero ser,

para ser o que sou.


Desenlaço das mãos,

a inocência que escondo quando me defendo das falsas luzes da ribalta,

acendo a ternura do meu olhar e experimento a liberdade de rir,

chorar e gritar sem tabus.


Protegido,

na cumplicidade da escuridão,

solto o pesado ônus da minha existência,

desato as amarras que me confinam os movimentos,

inverto a história e fujo da realidade artificial que me inventaram.


Descubro então,

a espontaneidade do meu sorriso,

quando saio respirando livre,

pela porta principal dos meus sonhos

e vou ao teu encontro.







18 janeiro, 2009

Mundo Mágico


Enfrente o dragão, esse monstro que você criou.
Não é um monstro? O que é então?
Um monstro com aparência de anjo?
...
Ahhh um anjo e um monstro?
Certo, todos somos, e dai?
Estamos falando NAQUELE monstro!

Veja no espelho e encare-o.
Ele estará olhando pra você.
Ele é diferente de você.
Você o criou, mas ele não é você!
...
Encare um monstro por vez...
Encarar todos não é indicado.
Veja que quem cria a criatura, a domina.
E não o contrário!

Você acha que ele tem vida própria?
E ele tem mesmo.
Mas a dele.
...
Não a que você achou!
Ou pensou que podia criar.
Tome o antídoto: destrua o mito!




16 janeiro, 2009

Adjetivando o Mar


Mar Grandioso Mar
Que segredos encerra
Que vida cria
Quão amor dá...

Mar Gracioso Mar
Invejo tua imensidão
Tua Força
Tua Razão...





Mar Fabuloso Mar
O desconhecido te protege
Mas também de ti me separa
No medo que me elege

Mar Imenso Mar
Te dou meu riso
Te dou minhas lágrimas
Abranda meu siso

Mar Infinito Mar
Que segredos encerra
Que vida cria
Quão amor dá...

Mar Audacioso Mar
Motivo de contemplação
Olhos te cobiçam o poder
Mentes te indagam a ação

Mar Misterioso Mar
O teu viver dá o tema
Onde o poeta ou leigo
ficam a intuir um poema

Mar Maravilhoso Mar
Insistente no aconchego
Lambe e cinge as praias
Roça e forja os rochedos

Mar Pacencioso Mar
Ensina-me a viver
Em tuas marés
A cada alvorecer.