20 janeiro, 2009

Palcos e Cenas


Escurecem-se as luzes ,

num silêncio previsto,

ecoam anônimas vibrações de aplausos inúteis e inglórios.


Cai o pano da verdade ,

a alma fica a descoberto revelando a pura nudez da minha essência,


lentamente as emoções e os sentimentos verdadeiros,

são resgatados da mentira obscura.

Recolho-me no exíguo camarim do meu âmago,

caracterizo-me ,

revejo-me no espelho do tempo e deixo de ser aquilo que quero ser,

para ser o que sou.


Desenlaço das mãos,

a inocência que escondo quando me defendo das falsas luzes da ribalta,

acendo a ternura do meu olhar e experimento a liberdade de rir,

chorar e gritar sem tabus.


Protegido,

na cumplicidade da escuridão,

solto o pesado ônus da minha existência,

desato as amarras que me confinam os movimentos,

inverto a história e fujo da realidade artificial que me inventaram.


Descubro então,

a espontaneidade do meu sorriso,

quando saio respirando livre,

pela porta principal dos meus sonhos

e vou ao teu encontro.







2 comentários:

disse...

que bom que vc atravessou o saguao...

Miguel disse...

Não havia de ser diferente, esperava por mim do outro lado o teu sorriso, o teu carinho e o teu amor...